Domingo 22 de novembro de 2009
Hora: 20:30 h
Lugar: Teatro Isabela Hendrix – Rua da Bahia , 2020. Lourdes Telefone: 3244 7219
“Una cantora que pretende reflejar em su canto todo lo que sueñan los poetas y los músicos del continente […] En este camino estoy, y espero estar a la altura de ser considerada la voz del continente latino americano.” (MERCEDES SOSA, em Mercedes Sosa Musicalmente, 1982)
Com estas palavras Mercedes Sosa nos mostra como foi sua trajetória musical, marcada por encontros artísticos, descobertas musicais e divulgação da cultura de seu país – Argentina – e de toda a cultura latino americana com a qual teve contato. E nela nos inspiramos para realizar a I Mostra de Música Ibero Americana de Belo Horizonte, com o objetivo de promover e divulgar os artistas que realizam nesta cidade trabalhos constituídos das diversas influências musicais dos países da América Latina e da Península Ibérica.
O conceito de música Ibero Americana vem sendo utilizado para expandir as ideias relativas à música latina, que muitas vezes é tomada somente por um estreito conjunto de gêneros musicais. Vem englobar as criações realizadas em Portugal e Espanha, e as de todos os países que foram e ainda são influenciados por eles, onde se incluem todos os representantes da América Latina. O Brasil, sendo o maior representante deste continente, se reconhece aqui como uma genuína cultura ibero americana.
Elaborada por Artur Vitorio (Homem de Saia) e pelo músico e produtor Daniel Mariano – expoente da pesquisa em música ibero americana em Belo Horizonte – esta mostra apresenta trabalhos autorias de gêneros musicais ibero americanos, assim como de outras canções e músicas instrumentais, além das imortalizadas pela voz de Mercedes Sosa. Participam os grupos musicais CHÉVERE, Intervenção Espanhola, Ave Rara, Emiliano Garcia Tango Trio, os cantores Lídia Quadros e Cubanito, e também as bailaoras de flamenco Cíntia Borges e Manu Cordeiro.
Uma apresentação pioneira em tornar realidade o sonho daqueles que acreditam na diversidade cultural, na cooperatividade entre os artistas e na formação de público para estes gêneros musicais que ainda hoje parecem distantes do público mineiro. Um encontro de alegria, beleza e é claro, muita música.